
A bolha
No início da caminhada de cada um, estão vários adultos que nos servem de referência para uma construção que se pretende integral. Numa idade em que o egocentrismo e a intuição são uma realidade, a importância de um educador que incentive a exploração, a experimentação através do jogo e que respeite o ritmo de cada um, é fundamental para que se alterem as realidades e que, como defendem Paulo Freire ou Piaget, se esbatam as diferenças entre opressores e oprimidos. Só podemos esperar que cada um dos nossos jovens tenha a sorte de encontrar, ao longo da sua formação, educadores que promovam, de forma ativa, o diálogo e a reflexão crítica, essenciais para a construção do conhecimento e, como defende Vygotsky, sejam influenciadores e orientadores de um conjunto de habilidades e de ferramentas culturais e simbólicas que as crianças encontram no seu caminho. Desta forma é possível, não só um desenvolvimento individual, mas também da própria comunidade.
Para a Sofia. Por lhes ter permitido tudo isto e os ter mantido numa bolha de ternura.
Fotografia e texto: Sérgio Moreira

