O projeto


O gosto partilhado pela imagem e pela escrita dá origem ao Rua Sem Sentido. Nasce a partir de um conjunto de reflexões da sociedade contemporânea descritas através de vivências, episódios ou momentos do nosso quotidiano. As histórias e personagens apresentadas trazem consigo a simbologia de um mundo que não deixa margem para grandes escolhas. Como que pudéssemos apenas (e a grande custo) escolher a carruagem onde nos vamos sentar mas nunca tivéssemos a decisão sobre o sentido da marcha. É como se o Discurso Sobre a Servidão Voluntária de Étienne, escrito no séc. XVI, e todos os instrumentos por si enunciados para o controlo das massas, tivessem sido propostos no dia de ontem. O controlo que é exercido sobre as nossas ações e liberdades bem como a segurança que sentimos em fazer um caminho já traçado, faz-nos deambular numa espécie de aquário onde as experiências e dias se repetem num lume brando. É neste cenário que habita o Rua Sem Sentido. São histórias de todos nós… que nos conformamos.